quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Um guia de como construir Histórias e Personagens de uma maneira direta e prática.

Criando Personagens

 “o verdadeiro personagem é revelado nas escolhas que um ser humano faz sob pressão – quanto maior a pressão, maior a revelação e mais verdadeira a escolha para a natureza essencial do personagem”.

Robert McKee

Vocês pediram  e fiz um ''Vídeo Book'' para explicar como criar personagens, batizei o book de:

Arquitetando Histórias e Personagens Formidáveis

Um guia de como construir Histórias e Personagens de uma maneira direta e prática.

Abaixo uma ''palhinha'', assista!


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sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Papai Noel - de onde veio?

 


 O Papai Noel é uma das figuras que simbolizam o Natal. Sua origem histórica está relacionada com um santo católico e com uma divindade que fazia parte do paganismo nórdico.

Uma das figuras mais populares do Natal é o Papai Noel, um velhinho barbudo e barrigudo que se veste de vermelho. Na tradição natalina, o Papai Noel é o personagem que traz presentes para as crianças bem-comportadas na véspera do Natal. O bom velhinho é conhecido por voar em seu trenó puxado por oito renas, suas ajudantes na tarefa de entregar presentes em todos os lares.

A lenda diz que o Papai Noel passa de casa em casa, desce pela chaminé e coloca os presentes dentro de meias, que são depositadas perto da lareira, ou debaixo da árvore de Natal. A lenda afirma ainda que o Papai Noel reside no Polo Norte, mas outras versões da história afirmam que ele reside na Lapônia, região localizada no extremo norte da Finlândia.

Origem do Papai Noel

A origem histórica do Papai Noel está diretamente relacionada com São Nicolau de Mira, também chamado de Nicolau Taumaturgo, um bispo cristão que viveu entre os séculos III d.C. e IV d.C. São Nicolau viveu na Ásia Menor (região que corresponde, atualmente, à Turquia) e ficou conhecido por sua generosidade. Esse religioso era filho de uma família abastada e, após a morte prematura de seus pais, herdou a riqueza de sua família. Passou, então, a utilizar a herança para distribuir presentes entre os pobres, sobretudo para as crianças órfãs.

Entre os atos de caridade e de generosidade de São Nicolau, um episódio em particular ficou muito famoso. Certa vez, São Nicolau conheceu um homem muito pobre que possuía três filhas. As filhas desse homem não tinham dote para poderem casar-se e, por isso, corriam o risco de tornarem-se prostitutas para conseguirem sobreviver. São Nicolau, então, doou dotes para cada uma delas para evitar que elas entrassem no caminho da prostituição.

A fama de São Nicolau dentro da Igreja Católica é muito grande. A figura do Papai Noel assemelha-se muito com a descrição desse bispo: um velhinho de barba branca e de trajes vermelhos. A devoção a São Nicolau é muito forte em alguns lugares, como na cidade italiana de Bari. Além disso, esse santo católico tornou-se o padroeiro dos pobres, dos órfãos e de algumas nações, como Grécia e Rússia.

A figura do Papai Noel, no entanto, não remete somente à figura cristã de São Nicolau. Existem aproximações entre esse personagem e Odin, o deus mais poderoso da crença religiosa dos nórdicos. Na tradição nórdica, Odin é representado da mesma maneira que o Papai Noel: um idoso barbudo e grisalho.

Segundo a crença dos nórdicos e dos germânicos, Odin (chamado de Wotan pelos germânicos) era responsável por entregar presentes para as pessoas durante o Yule (ou Jól), festival que acontecia durante o solstício de inverno entre os nórdicos. Segundo a lenda, para realizar essa tarefa, Odin ia montado em seu cavalo de oito patas, Sleipnir. Aqui temos uma referência clara às oito renas do Papai Noel. Além disso, Sleipnir, assim como as renas, sobrevoava os céus para entregar os presentes.

Os nórdicos acreditavam que Odin passava de casa em casa entregando brinquedos e doces para as crianças. Para que isso acontecesse, as crianças nórdicas deixavam suas botas perto das chaminés e enchiam-nas com feno ou cenouras para que Sleipnir pudesse alimentar-se. Em troca, Odin enchia as botas com os mimos. E, claro, Odin entrava em cada casa pela chaminé!

No Hemisfério Norte, houve uma modernização do mito envolvendo esse deus nórdico: as crianças de hoje, em vez de deixarem botas perto da chaminé, deixam meias para que o Papai Noel deposite presentes nelas.


Essa associação entre Odin e São Nicolau à figura do Papai Noel foi resultado da cristianização sofrida pelo Norte da Europa a partir do século X. O Yule, festival que acontecia por volta de 21 de dezembro, por exemplo, foi substituído pelo Natal, comemorado em 25 de dezembro. Já a imagem de Odin, aquele que entregava presentes para as crianças, foi associada a São Nicolau, figura da tradição cristã.

A crença no Papai Noel (Santa Claus, em inglês) chegou à América do Norte por meio dos imigrantes holandeses, que acreditavam em Sinterklaas (perceba a semelhança do nome com Santa Claus), uma figura associada a São Nicolau. Esses imigrantes fizeram parte do grupo que se estabeleceu em Nova Amsterdã, conhecida atualmente como Nova Iorque. A figura do Papai Noel nos Estados Unidos foi, então, uma herança deixada pelos holandeses.

Representação do Papai Noel


A atual imagem do Papai Noel tem origem de um poema publicado por Clement Clarke Moore na primeira metade do século XIX. O poema ficou conhecido como “A Visit from Saint Nicholas” (Uma Visita de São Nicolau), muito conhecido também como “Twas the Night Before Christmas” (É Véspera de Natal).

A imagem do Papai Noel que temos atualmente foi resultado de uma campanha publicitária realizada pela Coca-Cola nas décadas de 1920 e de 1930. Essas propagandas fizeram um grande sucesso e consolidaram a imagem atual do Papai Noel como um velhinho, barrigudo, barbudo e grisalho que se veste de vermelho.

fonte: brasilescola

Persistimos na onda natalina. Agora trazemos ao leitor o poema  “The Night Before Christmas”, do escritor americano Clement Moore, elaborado no longínquo ano de 1822. Referido poema traz, pela primeira vez a imagem do Papai Noel tal como o conhecemos hoje, com as figuras do trenó, das renas, da chaminé e do saco de brinquedos.

Clement Moore nasceu em 1779, vindo a falecer em 1863 e o poema abaixo (“A véspera de Natal”) é também conhecido como “Uma visita de São Nicolau”.

“Era véspera de Natal, e a casa dormia

Nem mesmo um camundongo por ela se movia

As meias, na chaminé, esperavam, de leve

Que São Nicolau chegasse em breve


As crianças dormiam entre quentes cobertas

Sonhando com os doces que viriam na certa

E eu e a mamãe, de lenço e boné

Ressonávamos tranquilos, noite afora até


Que um estrondo lá fora chamasse a atenção.

Levantei-me para ver qual era a confusão.

Como um relâmpago corri para a janela

Abri as persianas, a cortina que velai


E a Lua que reluzia sobre a neve recente

Iluminava a cena como um sol nascente

E diante dos meus olhos surgiram, repentinos,

Oito renas minúsculas e um trenó pequenino


Com um velho à rédea, feliz e com pique

Logo tive a certeza de que era São Nick

Rápido como uma águia, o trenó voava

E ele, entre assobios, cada rena chamava


“Vamos Dasher, vamos Dancer, vamos Prancer e Vixen!

Vamos Comet, vamos Cupid, vamos Donner e Blitzen!

Por sobre a varanda e por sobre o telhado!

Voando, voando, por todos os lados!”


E como folhas secas ao vento do furacão

Que não respeitam barreira à sua ascensão

As renas voavam casa acima, pelo céu

Puxando o trenó, brinquedos e Noel


E depois eu ouvi, por sobre o telhado

Os cascos se movendo em tom ritmado

E quando fechei a janela e me virei para olhar

Da chaminé percebi São Nicolau saltar


Vestido de peles, dos pés à cabeça

Coberto de pó e de fuligem espessa

Ele trazia às costas brinquedos variados

Como um vendedor chegando ao mercado


Seus olhos brilhavam, e seu rosto sorria

Na face rosada o nariz reluzia

Sua boca se abriu em um sorriso breve

E a barba em seu queixo era branca como a neve


O homem trazia um cachimbo entre os dentes

E a fumaça cercava seu rosto sorridente

Seu rosto pequeno e barriga arredondada

Se moviam como gelatina quando ele dava risada!


Tão gorducho e redondo, o alegre pequenino

Que sorri sem nem notar, ao vê-lo, ladino,

Me fazer um sinal, uma leve piscada,

Indicando situação nada arriscada


E sem uma palavra ele fez seu trabalho,

Enchendo as meias, e girando no assoalho

Ergueu um dedo em sinal de despedida

E pela chaminé procurou a saída


Saltou ao trenó, com um forte assobio,

E saíram aos ares com um rodopio

Mas o ouvi exclamar, no momento final

“Meu boa noite a todos, e um feliz natal”.


fonte: literaturaemcontagotas


terça-feira, 17 de novembro de 2020

Lutas Formidáveis - parte 1

 



O que faz a arte dos quadrinhos e cinema ser legal, ainda mais com essa onda avassaladora das HQ`s. São as lutas.

Então resolvi postar uma série sobre lutas de filmes e HQ.

Vou elaborar melhor os textos e contextos... Para iniciar uma luta de titãs.

Colossus vs Fanático



 

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quinta-feira, 23 de abril de 2020

12 Princípios - Disney de Animação


Animação da Disney: A Ilusão da Vida (mais tarde republicada como A Ilusão da Vida: Animação da Disney ) é um livro de Frank Thomas e Ollie Johnston , dois dos principais animadores da Disney durante a Era de Ouro da animação.

No topo da lista dos "melhores livros de animação de todos os tempos" em uma pesquisa da AWN , ele ainda é usado como referência e fonte de inspiração para a animação de personagens.

O livro apresenta um histórico da animação da Disney e explica os processos envolvidos em termos claros e não técnicos.

A filosofia dos animadores da Disney é expressa nos chamados 12 princípios básicos da animação. Ele contém 489 chapas em cores e milhares de ilustrações em preto e branco, variando de esboços de storyboard a sequências de animação inteiras.

Observação: a ordem dos vídeos não é a mesma do texto. (fonte dos vídeos no final da postagem)


1º - Timing ("temporização")

Se refere a quão próximos os quadros estão em relação aos outros e a um maior ou menor número de desenhos intermediários entre uma parte e outra da ação, determinando assim se ela é mais lenta, moderada ou mais rápida.


2º - Slow-in and Slow-out (Aceleração e desaceleração)

Um objeto animado que se encontra em repouso aumenta gradativamente sua velocidade quando parte para o movimento isto é aceleração.

Este mesmo objeto diminui gradativamente sua velocidade quando parte para o repouso fazendo assim uma desaceleração.

Uma vez que o animador desenhava cuidadosamente seus extremos, pensando no tempo decorrente da ação como um todo, precisava indicar ao intervalador como seriam feitos os
intervalos


3º - Arcs (arcos)

Algo importante a considerar sobre os movimentos dos seres vivos é que, salvo raras exceções, os movimentos seguem uma trajetória circular.

A ação de uma mão com o dedo apontado segue a trajetória circular.

O animador marca as posições dos extremos e dos intervalos ao longo do arco.


4º -Anticipation (antecipação)

Muitas vezes, para executar uma ação, precisamos antes tomar um impulso.

Denunciando assim a ação que vamos executar, ou seja, dando uma ideia de antecipada do que faremos.

Quando as pessoas estão assistindo a um desenho, elas não entenderão o que está ocorrendo se não houver uma sequência de ações que levem claramente de uma atividade a outra.


5º - Exaggeration (exagero)

Muitas vezes, em animação, os personagens sofrem distorções que, se observadas individualmente, os desenhos parecem feios, tortos, mas no conjunto em movimento, a animação é fluida e suave e a distorção não é visualizada.

O exagero é essencial para que se consiga uma boa comunicação.


6º - Squash and Stretch (achatamento e alongamento)

É um dos princípios mais da importantes da animação.

A massa de um objeto animado se deforma alongando ou achatando, mas mantendo o mesmo volume.

O rosto de um personagem ganha mais vida quando as formas dos olhos, bochechas e lábios mudam de forma com a utilização do Squash & Stretch (comprime e estica).


7º - Secondary action (ação secundária)

As ações secundárias enriquecem e dão maior naturalidade a animação.

Normalmente as ações secundárias possuem seu próprio gráfico de timing.

Geralmente a ideia apresentada numa cena pode ser fortalecida por ações secundárias.

Essas ações secundárias são sempre subordinadas a ação principal.

Uma maneira de se conseguir uma ação secundária convincente é:

um planejamento inicial do que vai ser a cena;

animar por partes, primeiro a ação principal e depois as ações secundárias que podem ter timing diferentes.


8º - Follow through and Overlapping action (continuidade e sobreposição da ação)

Follow through (seguimento) é o movimento de seguimento de qualquer parte da personagem como consequências da ação principal.

Como sabemos, nem todas as partes da personagem começam o movimento ao mesmo tempo, havendo partes ou elementos dela que movem “arrastados” pela ação principal.

Overlapping action as partes ou elementos que pertencem às ações secundarias tendem a manter a sua trajetória devido a inércia e sobrepõem-se à ação principal quando efetua
mudanças de direção ou paragens.

Quando uma personagem entrava andando em cena e de repente parava completamente, a ação parecia dura e não era convincente.


9º - Straight Ahead action and pose-to-pose action (diretamente e quadro a quadro)

A animação direta é quando o desenhista cria as poses já na mesma ordem que serão exibidas, uma após a outra.

Neste caso a animação sai mais espontânea e a cena parece menos mecânica.

Desta forma o animador não planeja exatamente como vai ser o decorrer da cena e vai inventando à medida que progride.

Este método é geralmente usado em cenas de ação onde muitas vezes ocorrem movimentos rápidos e inesperados, embora é preciso cuidado para que o personagem não fique fora da perspectiva ou fora do cenário.

A animação quadro a quadro o desenhista preocupa-se em desenhar inicialmente as posições básicas que determinam a ação da personagem.
.

10º - Staging (enquadramento / encenação)

Animação não apresenta restrições para a posição ou para o ângulo em que uma tomada é realizada.

É necessário atentar para a capacidade do espectador de entender ambiente mostrado.

Uma ação tem bom "staging" quando a expressão é bem vista, o movimento é claro e visível.

Quando você está fazendo o "staging" de uma ação deve ter cuidado para não usar um ângulo que atrapalhe o que você quer mostrar.

Uma boa forma de conseguir um bom “staging” é através do uso de silhueta.


11º - Appel (apelo)

É a capacidade do personagem em atingir o espectador e de se relacionar com ele.

Um design atraente sempre é fundamental em qualquer personagem.

Significa um design que as pessoas gostam de ver, um design com charme, simplicidade, comunicação e magnetismo.

Qualquer personagem deve ter um design atraente, seja o herói ou vilão, caso contrário ninguém vai querer assistir ao que ele está fazendo.


12º - Desenho volumétrico (Solid Drawing)

O desenho tem peso, profundidade e equilíbrio

Estes são os princípios básicos do desenho tridimensional fundamental em animação.

Procure evitar partes gêmeas no personagem, ou seja, cada olho, orelha, mão, dedo, colarinho, sapato etc. ficar idêntico à outra correspondente.




Os vídeos explicativos você encontra neste LINK 


segunda-feira, 13 de abril de 2020

Técnicas de Animação

Vou fazer um pequeno resumo de cada tópico e colocar os vídeos de exemplo.


Onion skinning

É o processo que permite visualizar o quadro anterior como se ele estivesse sob uma película de “casca de cebola”.

Esta técnica originou-se dos animadores tradicionais que usavam a “pele da cebola” para ver os desenhos subjacentes, copiando algumas partes deles e alterando outras para dar a impressão de que algumas delas estariam fixas e outras se movendo.



Cel Shading

É um método de texturização na animação onde o objetivo é obter um efeito de pintura, fazendo o 3D parecer 2D.



Animação Direta

É quando o desenhista cria as poses já na mesma ordem que serão exibidas, uma após a outra.

Nesta forma de animação, os movimentos tornam-se mais soltos e criativos, porém é difícil o controle de tempo de ação em função dos espaços ocupados pelos personagens dentro da cena.

Animação Pose a Pose

Nesta forma de animar, o desenhista preocupa-se em desenhar inicialmente as posições básicas que determinaram a ação do personagem.

Estas posições são denominadas posições chaves.


Este método é mais prático e permite um grande controle dos tempos de ação e dos espaços que o personagem ocupa no cenário.



Rotoscópio

É um dispositivo que permite aos animadores redesenhar quadros de filmagens para ser usado em animação.

Pode ser usado para animar seguindo uma referência filmada.

Ele pode ser considerado um desajeitado precursor da moderna captura de movimento digital.



Cromaqui ou Chroma-Key

Literalmente “Chave de Cor”.

É uma técnica de sobreposições de imagens que recorta tudo o que for de uma determinada cor num canal, normalmente um fundo azul ou verde, e substitui pela imagem de outro canal.

Chroma Key é uma técnica de efeito visual que consiste em colocar uma imagem sobre uma outra através do anulamento de uma cor padrão, como por exemplo o verde ou o azul.



quarta-feira, 25 de março de 2020

Animações: Explicando como utilizam o Storyboard

Storyboards ou Esboço sequencial são organizadores gráficos tais como uma série de ilustrações ou imagens arranjadas justa posta em seqüência deliberada com o propósito de pré-visualizar um filme, animação ou gráfico animado, incluindo elementos interativos em websites.