Continuando.
Falamos sobre o princípio da criação e os tipos:
1º – Quando se é contratado para fazer uma ilustração
2º – Ilustração com projeto específico
3º – Ilustração livre-criação
e sobre Conceito e Intenção (ver postagens anteriores).
Vamos falar do desenvolvimento.
Depois de muito pensar, está determinado que vamos trabalhar com um grupo de seres extraterrestres. Quando falamos em grupos é impossível não entrar em arquétipos (Modelo, padrão de algo (objeto, produto, qualidade, comportamento etc.); PADRÃO. Na filosofia platônica, ideia originária que serve como modelo para a origem e princípio explicativo para os objetos sensíveis. Na psicanálise junguiana, modelo de pensamento comum a toda a humanidade, composto de símbolos ou imagens que constituem uma espécie de inconsciente coletivo.). Dentro de um grupo o mais interessante é a diversidade física e psicológica, isso pode constituir o teor dramático das personagens, seu relacionamento pessoal e “profissional”.
O maior problema é fugir das “montagens” feitas por dois grandes mestres dos quadrinhos atuais, Jack Kirb e Stan Lee. Eles montaram um padrão perfeito de grupo. Um grande exemplo é o Quarteto Fantástico.
Temos a alusão dos elementais Terra (Coisa), Ar (Mulher-invisível), Fogo (Tocha Humana) e Água (Senhor Fantástico). Isso por si só já cria uma atmosfera de conflitos interessantes.
Podemos análisar: O Líder (Senhor Fantástico) as vezes inseguro com suas relações pessoais mas em campo é um gênio, Força Bruta (Coisa) extremamente forte coração mole, Temperamental, mas gente boa e brincalhão (Tocha Humana) e por fim o coração e equilíbrio emocional do grupo a Mulher Invisível.
Mesmo análisando os X-Mens encontraremos essas características, adicionando o selvagem, o feio mas legal, bonita e chata e por aí vai.
Fica difícil não usar esse padrão, então criaremos artifícios novos para usá-los.
Na próxima parte vamos análisar esses artifícios.
Um forte abraço, e até mais.
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