Tive o prazer de ver várias palestras com ele, e uma em Campinas, tive a oportunidade de conversar pessoalmente com ele durante uns trinta a quarenta minutos, me tratou como se fosse um velho conhecido, explicou do mercado, dos artistas, problemas e soluções me ouviu e gostou de idéias que tinha a respeito de Quadrinhos, principalmente nesse nosso país amado... a impressão que tive é que grandes mestre se mostram humildes e acessíveis, atenciosos e honestos, foi algo bem especial.
Normalmente decoramos os nomes dos artistas que gostamos, talvez pelo traço ou erroneamente pela estória (já que quem escreve o roteiro é o roteirista), decoramos nomes estrangeiros (exemplo os leitores de mangá tem decor vários nomes de artistas, e pronunciam com perfeição), mas as vezes esquecemos de olhar aqui pro nosso país...talvez decoremos os nomes da moda ou o mais constante na mídia, e esquecemos outros, os que fundamentaram os quadrinhos no Brasil, que possibilitaram ter o que temos hoje, pessoal que ama quadrinhos ( não aqueles que fingem amar, mas pra eles não passa de outra forma de tirar dinheiro dos outros).
Acho que todo mundo ouviu falar de Will Eisner (se não ouviu, ou você está morto a muito tempo, ou simplesmente não sabe o que é História em Quadrinhos) falou a respeito desse artista brasileiro, vou pegar um ou outro trecho.
"...estamos chegando à "idade madura" da arte de desenhar e escrever quadrinhos. Considero muito importante que alguém com sofisticação e a experiência de ... nesta área esteja se preparando para produzir uma História da História em Quadrinhos.
Para aqueles entre nós, preocupados com a qualidade sempre superior, que poderá conduzir a uma nova e excitante época no mundo dos quadrinhos, é fundamental obter um panorama claro de onde já estivemos.
Eu admiro o esforço e a contribuição de Álvaro"
Segue um pequeno resumo de sua bibliografia:
Álvaro de Moya (São Paulo, 1930) é um jornalista, escritor, produtor, ilustrador e diretor de cinema e televisão. É considerado por alguns como o maior especialista em histórias em quadrinhos do Brasil.
Professor aposentado da Universidade de São Paulo, foi um dos organizadores da Primeira Exposição Internacional de Quadrinhos (junto com Jayme Cortez, entre outros), em 1951, na cidade de São Paulo. Além de ser a primeira exposição de quadrinhos da história do Brasil, foi de ineditismo também para o mundo.
Atuou por muito anos na televisão e foi diretor da TV Excelsior onde criou conceitos e estruturas que revolucionaram a maneira de se fazer TV na época e que de certa forma persistem até hoje.
Representou o Brasil em vários congressos sobre quadrinhos no mundo, como em Roma, Buenos Aires, Nova York e em Lucca, um dos principais do mundo. Correspondente da revista Wittyworld, dos Estados Unidos, foi colaborador de enciclopédias editadas na França, Espanha, Itália e Estados Unidos. Escolhido pela Universidade La Sapienza, de Roma, foi o único representante da América Latina em evento realizado na Itália, visando discutir o centenário dos comics.
Já fez também charges e ilustrações com temáticas nacionalistas. Na Editora Abril, fez capas para as revistas O Pato Donald e Mickey.
Seu livro, Shazam!, de 1970, é, sem sombra de dúvida, o maior livro sobre quadrinhos do país. O livro não se resume apenas a fazer um pesquisa sobre a história dos HQs, mas conta com a colaboração de especialistas que debatem acerca da influência pedagógica e psicológica dos quadrinhos e a sua influência na cultura, tratando as HQs não somente como puro entretenimento, mas sim como um meio de comunicação que merece atenção por parte dos acadêmicos.
Professor aposentado da Universidade de São Paulo, foi um dos organizadores da Primeira Exposição Internacional de Quadrinhos (junto com Jayme Cortez, entre outros), em 1951, na cidade de São Paulo. Além de ser a primeira exposição de quadrinhos da história do Brasil, foi de ineditismo também para o mundo.
Atuou por muito anos na televisão e foi diretor da TV Excelsior onde criou conceitos e estruturas que revolucionaram a maneira de se fazer TV na época e que de certa forma persistem até hoje.
Representou o Brasil em vários congressos sobre quadrinhos no mundo, como em Roma, Buenos Aires, Nova York e em Lucca, um dos principais do mundo. Correspondente da revista Wittyworld, dos Estados Unidos, foi colaborador de enciclopédias editadas na França, Espanha, Itália e Estados Unidos. Escolhido pela Universidade La Sapienza, de Roma, foi o único representante da América Latina em evento realizado na Itália, visando discutir o centenário dos comics.
Já fez também charges e ilustrações com temáticas nacionalistas. Na Editora Abril, fez capas para as revistas O Pato Donald e Mickey.
Seu livro, Shazam!, de 1970, é, sem sombra de dúvida, o maior livro sobre quadrinhos do país. O livro não se resume apenas a fazer um pesquisa sobre a história dos HQs, mas conta com a colaboração de especialistas que debatem acerca da influência pedagógica e psicológica dos quadrinhos e a sua influência na cultura, tratando as HQs não somente como puro entretenimento, mas sim como um meio de comunicação que merece atenção por parte dos acadêmicos.
Bibliografia: História da História em Quadrinhos (Editora Brasiliense, 2ª Edição, 1993); O Mundo de Disney (Geração Editorial, 1996); 50 Anos de TV no Brasil, organizado por J. B. de Oliveira Sobrinho, o Boni (Editora Globo, 2000); Anos 50/50 Anos (Editora Opera Graphica, 2001); Vapt-Vupt (Clemente & Gramani Editora, 2003); TV Excelsior - Gloria in Excelsior (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004).
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