segunda-feira, 23 de março de 2009

Nova Linha de HQ da DC - E conheçam Mike Kunkel

A DC comics está lançando uma nova linha de revista para um público mais infantil...fantástica a iniciativa.

Tiny Titans, é uma leitura agradável que atende todo tipo de público os desenhos são bem agradáveis de ver e um colorido nada cansativo, envolto num clima de festa infantil. É a turma Titã em mini, miniatura.
Super Friends, será baseada nos bonecos feitos pela Matel, o interessante é que cada edição é de um desenhista novo, (não sei se mudará o roteirista), as histórias serão ecologicamente corretas, com atos de cidadania, e não envolvera violência. (infelizmente não tenho imagem).
Mas o que mais gostei foi, Billy Batson and the Magic of Shazam. De Mike Kunkel, será uma revista com um clima infantil, inocente e mágico, lógico com o vilão...Adão Negro em cena...o mais interessante é o traço de Kunkel.

Fonte: Newsarama

Kunkel é o vencedor de dois prêmios Eisner pelo seu trabalho na série, "Herobear e o Garoto”, ele também é designer, animador (não é de torcida), faz história em quadrinhos, livro infantil, criador, escritor, diretor...
Pelo que pude entender a história é de um menino que herda do seu falecido avô uma caixa cheia de “cacarecos” (seu avô sabe do que eu estou falando) tem um relógio mágico e um boneco de um urso.
Notem as letras em Negrito (bold)...menino urso de pelúcia...lembra alguma coisa? Estou me referindo à criação máxima de Bill Watterson... Calvin e Haroldo...Não estou querendo de forma alguma menosprezar ou dizer que um é cópia de outro, mas sim que às vezes, mesmo usando a mesma “fórmula” se tem resultados tão diferentes e surpreendentes...Às vezes meus alunos comentam que está cada vez mais difícil criar poder para heróis ou até histórias, concordo mas às vezes precisamos mudar o modo de como vemos as coisas, explorar, brechas, usar de maneira diferente, mas pra isso temos que estar atentos, ter muita leitura, não só de quadrinhos mas livros, prosas, poemas, analisar e tentar transmitir certas “fórmulas” de uma maneira inesperada, e para isso acontecer só tem um jeito...MÃOS A OBRA (seu avô também vai entender)
Consegui imagens do “Herobear e o Garoto” do próprio site do artista (Mike Kunkel)
www.theastonishfactory.com . Vale à pena conferir.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Tiras Jack & Melvin


9-10

Tiras Jack & Melvin


7-8

Quem gosta de quadrinhos tem que conhecer. O Mestre Álvaro de Moya


Tive o prazer de ver várias palestras com ele, e uma em Campinas, tive a oportunidade de conversar pessoalmente com ele durante uns trinta a quarenta minutos, me tratou como se fosse um velho conhecido, explicou do mercado, dos artistas, problemas e soluções me ouviu e gostou de idéias que tinha a respeito de Quadrinhos, principalmente nesse nosso país amado... a impressão que tive é que grandes mestre se mostram humildes e acessíveis, atenciosos e honestos, foi algo bem especial.

Normalmente decoramos os nomes dos artistas que gostamos, talvez pelo traço ou erroneamente pela estória (já que quem escreve o roteiro é o roteirista), decoramos nomes estrangeiros (exemplo os leitores de mangá tem decor vários nomes de artistas, e pronunciam com perfeição), mas as vezes esquecemos de olhar aqui pro nosso país...talvez decoremos os nomes da moda ou o mais constante na mídia, e esquecemos outros, os que fundamentaram os quadrinhos no Brasil, que possibilitaram ter o que temos hoje, pessoal que ama quadrinhos ( não aqueles que fingem amar, mas pra eles não passa de outra forma de tirar dinheiro dos outros).

Acho que todo mundo ouviu falar de Will Eisner (se não ouviu, ou você está morto a muito tempo, ou simplesmente não sabe o que é História em Quadrinhos) falou a respeito desse artista brasileiro, vou pegar um ou outro trecho.

"...estamos chegando à "idade madura" da arte de desenhar e escrever quadrinhos. Considero muito importante que alguém com sofisticação e a experiência de ... nesta área esteja se preparando para produzir uma História da História em Quadrinhos.

Para aqueles entre nós, preocupados com a qualidade sempre superior, que poderá conduzir a uma nova e excitante época no mundo dos quadrinhos, é fundamental obter um panorama claro de onde já estivemos.

Eu admiro o esforço e a contribuição de Álvaro"

Segue um pequeno resumo de sua bibliografia:


Álvaro de Moya (São Paulo, 1930) é um jornalista, escritor, produtor, ilustrador e diretor de cinema e televisão. É considerado por alguns como o maior especialista em histórias em quadrinhos do Brasil.
Professor aposentado da
Universidade de São Paulo, foi um dos organizadores da Primeira Exposição Internacional de Quadrinhos (junto com Jayme Cortez, entre outros), em 1951, na cidade de São Paulo. Além de ser a primeira exposição de quadrinhos da história do Brasil, foi de ineditismo também para o mundo.
Atuou por muito anos na televisão e foi diretor da TV Excelsior onde criou conceitos e estruturas que revolucionaram a maneira de se fazer TV na época e que de certa forma persistem até hoje.
Representou o Brasil em vários
congressos sobre quadrinhos no mundo, como em Roma, Buenos Aires, Nova York e em Lucca, um dos principais do mundo. Correspondente da revista Wittyworld, dos Estados Unidos, foi colaborador de enciclopédias editadas na França, Espanha, Itália e Estados Unidos. Escolhido pela Universidade La Sapienza, de Roma, foi o único representante da América Latina em evento realizado na Itália, visando discutir o centenário dos comics.
Já fez também
charges e ilustrações com temáticas nacionalistas. Na Editora Abril, fez capas para as revistas O Pato Donald e Mickey.
Seu livro, Shazam!, de
1970, é, sem sombra de dúvida, o maior livro sobre quadrinhos do país. O livro não se resume apenas a fazer um pesquisa sobre a história dos HQs, mas conta com a colaboração de especialistas que debatem acerca da influência pedagógica e psicológica dos quadrinhos e a sua influência na cultura, tratando as HQs não somente como puro entretenimento, mas sim como um meio de comunicação que merece atenção por parte dos acadêmicos.

Bibliografia: História da História em Quadrinhos (Editora Brasiliense, 2ª Edição, 1993); O Mundo de Disney (Geração Editorial, 1996); 50 Anos de TV no Brasil, organizado por J. B. de Oliveira Sobrinho, o Boni (Editora Globo, 2000); Anos 50/50 Anos (Editora Opera Graphica, 2001); Vapt-Vupt (Clemente & Gramani Editora, 2003); TV Excelsior - Gloria in Excelsior (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004).

VAMOS COMEÇAR COM TUDO


Depois de um longo e tenebroso inverno, estou de volta e com ânimo redobrado para dar continuidade (para falar a verdade começar) , trazendo matérias, dicas de desenho as tiras famosas de Jack e Melvin e muito mais.

Como vocês me pediram estou fazendo um breve relato da História das Histórias em quadrinhos que inclusive é o título de um livro que ao lê-lo mudou meu modo como Arte-educador de ministrar minhas aulas de quadrinhos, é necessário sabermos a base daquilo que pretendemos estudar.

História da História em Quadrinhos foi escrita pelo mestre Álvaro de Moya (que vou fazer um breve relato da vida dele) pela editora Brasiliense – 1993 – no relato sobre esse autor tem a capa do livro.


Segue, o texto sobre um dos primeiros precursor da História em Quadrinhos no mundo, muito dos historiadores o consideram o primeiro, ele é:


Rudolf Töpffer (Genebra, 31 de Janeiro de 17998 de Junho de 1846) foi artista gráfico e escritor suíço, considerado um dos pioneiros no gênero de histórias em quadrinhos. O seu livro mais importante foi a Histoire de M. Vieux Bois (História do Sr. Pau Velho"), que foi publicado a 14 de Setembro de 1842 nos Estados Unidos, com o título The Adventures of Mr. Obadiah Oldbuck, e que é considerado o primeiro livro de história em quadrinhos publicado naquele país.

O desenho acima é dele.